segunda-feira, 26 de setembro de 2011


“Então eu encontro você na esquina da minha rua quando estiver escuro e encho seu rosto de beijos, sem tocar meus lábios nos seus. Eu finjo que eu não me importo em você ter que ir embora quando der a sua hora e peço para ficar mais um pouco, como quem nada quisesse. […] Olho sua boca, seus olhos, seu sorriso. Eu brinco com seu cabelo enquanto você me observa analisar os traços do seu rosto. E ouço você prometer que vai me ligar quando chegar em casa. […] Tudo bem se você não quiser me deixar na porta de casa, porque continuarei sentada na calçada até perder você de vista e tentar imaginar exatamente o que você poderia estar pensando. E embaixo das gotas minúsculas da chuva que começaria a cair eu me despediria de você de longe, dizendo o quanto vou sentir sua falta durante a noite por não poder te ver. Vou te imaginar ao meu lado assim que acordar, com aquele cheiro de lençol amaçado e com um sorriso amarrotado no rosto. […] E vou desejar te contar todas as minhas fantasias quando você ligar, mas como sempre eu manterei meu silêncio.” 

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